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Coluna Túlio Reis

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Marco Túlio Oliveira Reis
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Jornalista MTE/MG n.º 16.609


Revolução dos Cravos
A Revolução dos Cravos que em 25 de abril de 1974 pôs fim à ditadura que governou Portugal desde 1926. Esse regime autoritário assumiu ares fascistas com a ascensão ao poder de Antônio Salazar, em 1932 e mudou a Constituição em 1933. Além do regime autoritário, a crise econômica e as guerras contra países colonizados na África foram as causas da eclosão do movimento.

Pacífico
Iniciado por militares (capitães) contrários a guerra contra as colônias portuguesas em África, rapidamente ganhou adesão popular que pretendia o fim do “Salazarismo” em Portugal, conquistou a volta dos direitos civis e políticos para a população portuguesa e o início dos processos de descolonização na África. Em que pese a barbárie das guerras ultramar, o movimento revolucionário, em Portugal, foi pacífico.

Intelectuais
A Revolução dos Cravos não foi violenta. Pregou a paz e usou o cravo vermelho como símbolo máximo do movimento. Com o apoio maciço de intelectuais, inclusive brasileiros, a revolução foi marcada pela música “Grândola, Vila Morena”, do cantor e compositor Zeca Afonso. Quem se destacou em apoio ao movimento português foi o cineasta baiano Glauber Rocha – há época residente em Portugal.

Tanto mar
Outro brasileiro que rendeu homenagens ao movimento português foi Chico Buarque que, no ano de 1975 homenageou os revolucionários com a canção “Tanto Mar”. “Sei que estás em festa, pá! Fico contente e enquanto estou ausente guarda um cravo para mim. Eu queria estar na festa, pá! Com a tua gente e colher pessoalmente uma flor do teu jardim”. Nestes versos de 1975, censurados pela ditadura militar, Chico Buarque saudou a Revolução dos Cravos.

Coincidência
A história nos informa coincidências. Quando o Brasil ainda comemora a derrota de um governo com pendões autoritários e dado à cultura da violência e perseguição aos artistas e intelectuais, Chico Buarque recebeu, em Portugal, das mãos do presidente Lula (PT) o maior prêmio da literatura em língua portuguesa: o prêmio Camões. Em contundente discurso o homenageado teceu severas críticas ao ex-presidente Bolsonaro.

Jubileu
Vereador Baltazar da Farmácia (DEM) propõe homenagem ao Mosteiro Nossa Senhora da Glória (Monjas Beneditinas) por ocasião do Jubileu de 75 anos da instalação da Ordem em Uberaba. Em requerimento dirigido ao Plenário da Casa Legislativa, o vereador propõe seja concedido à instituição religiosa “Homenagem Especial” pelo transcurso da data, que será comemorada em 8 de setembro deste ano.

Mapuaba
Sebastião Mapuaba, sua família e seu extenso legado cultural à cidade de Uberaba, também serão lembrados pelo parlamentar. Projeto de lei instituindo o “Dia Municipal Da Cultura dos Pretos Seu Sebastião Mapuaba”, a ser comemorado dia 12 de maio pretende divulgar e preservar a história da família junto as tradições culturais e manifestações da cultura negra em Uberaba. “Manifestações como a Congada, Moçambique e Folia de Reis são práticas culturais altamente difundidas pelos Mapuaba” afirma Baltazar da Farmácia.

Insensível
A agenda de eventos e cerimônias do governo municipal não tem observado os horários de reuniões da Câmara Municipal. Ouvi de um vereador da base aliada que a equipe responsável está constrangendo a prefeita Elisa Araújo (SD) que acaba por, ainda que sem intenção, magoar vereadores. Ontem, por ocasião da inauguração do viaduto Diamantino Silva Filho (Cyrela) não fosse uma antecipação de última hora, a cerimônia coincidiria com a sessão da Câmara. Vereadores aliados, como Ismar Marão (PSD), Almir Silva (União Brasil) e Baltazar da Farmácia (DEM) compareceram à solenidade.

Vetos
Mostrando uma força política inusitada na Câmara Municipal, o governo conseguiu ontem, por significativa maioria, a manutenção de 2 vetos à projetos de lei do vereador Túlio Micheli (SD), que pretendiam divulgação pública, de informações entendidas como estratégicas pela administração. Ainda que as fundamentações dos vetos elaborados pelo Executivo restem consistentes e bem calçadas, as comissões técnicas do Legislativo, que outrora concordaram com as argumentações do autor do projeto, voltaram atrás e reconheceram a ilegalidade das pretensões.

Entrega
Prefeita Elisa Araújo (SD), através de suas redes sociais não se cansa de mostrar obras e ações de seu governo. Em meio a intenso ataque e críticas de opositores que almejam o cargo que ela ocupa, a ex-loura acentua o que chama de “entregas” e não deixa de acentuar que “pôs a casa em ordem”. Ao que parece a desordem recebida custou mais da metade do mandato para ser consertada.

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